Serra da Canastra – MG O berço do velho Chico
Em uma região calma nasce um dos mais importantes rios brasileiros, o São Francisco. O Velho Chico, rio da integração nacional, surge como um filete e pouco depois despenca em uma cachoeira esplendida de 200m. Aliás, cachoeira é o que não falta neste chapadão em forma de baú, daí o nome canastra. Mas, assim como os outros parques nacionais, a Canastra também sofre com a falta de fiscalização e os incêndios criminosos.
O Parque Nacional da Serra da Canastra foi criado em 1972 com o intuito de proteger a nascente de um dos rios mais importantes do país, o São Francisco, além de outras nascentes localizadas dentro de seus 71.525 hectares. Seu cenário belíssimo inspirou o pintor francês Jean-Baptiste Debret a pintar a Cachoeira Casca D Anta no século XIX.
Aspectos culturais e históricos
A unidade apresenta na extremidade norte uma cultura arqueológica representativa como as pinturas de caverna, agulhas de osso, machados de pedra e cerâmica. Quanto à cultura contemporânea apresenta lendas da localidade e lugares históricos.
Aspectos naturais
O relevo do Parque é caracterizado por dois chapadões: o da Serra da Canastra e o da Zagaia, tendo ainda um perfil plano. As encostas dos chapadões consistem em descidas íngremes e precipícios.
Com vegetação típica de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, a flora é representada por canela-de-ema, fruta-de-lobo, pequi e pau-de-colher.
A fauna não é muito diversificada e apresenta diversas espécies em extinção: tatu-canastra, lobó-guará e o tamanduá-bandeira. Aves como o tucano-açu, a ema, o canário-da-terra e o curió também são encontradas ali.
Clima
O clima da região é subtropical com temperaturas médias anuais de 17°C no inverno e 23°C no verão. Um bom período para visitar o parque vai de abril a outubro, quando chove menos e as águas das cachoeiras ficam mais cristalinas. Novembro e dezembro são meses de bastante chuva. O mês mais frio é julho e os mais quentes são janeiro e fevereiro. A época ideal para visitação é de abril a outubro.
Atrações
Possui muitas belezas cênicas, algumas de difícil acesso. As mais procuradas são a nascente do rio São Francisco e as partes alta e baixa da cachoeira Casca D’anta. Deve-se visitar também: Cachoeira do Rolinho; Garagem de Pedras (que oferece vista panorâmica do Vale dos Cândidos) e Serra da Babilônia.
Para que a sua visita ao Parque alcance os seus objetivos, siga as seguintes instruções:
1) Para sua segurança, a entrada e o consumo de bebidas alcoólicas não são permitidos;
2) A entrada e o uso de equipamentos coletivos de som não são permitidos, por perturbarem a fauna e visitantes;
3) No Parque, só é permitido trafegar nas estradas abertas à visitação. A velocidade máxima é 40 km/hora;
4) Em sua visita ao Parque não colete nada, principalmente plantas, animais e rochas;
5) Para sua segurança a prática de esportes radicais como: rapel, canyoning, tirolesa, pêndulo, escalada e outros não são permitidos no Parque;
6) É permitido fazer churrasco somente na parte baixa do Parque-Portaria Casca D’anta;
7) Em sua visita ao Parque retorne com o lixo para as Portarias, por gentileza;
8) A entrada de animais domésticos no Parque não é permitida;
9) Em Unidades de Conservação não é permitida a entrada de visitantes portando armas, materiais ou instrumentos destinados a corte, caça e pesca;
10) Para sua segurança é aconselhável o uso de sapato fechado, antiderrapante e confortável. (Em caso de qualquer irregularidade, será aplicada multa prevista em Lei).
Infra-estrutura
É aberto à visitação todos os dias, de 8:00 às 18:00 hs e é cobrado um valor pequeno para entrar no parque. O parque conta com Centro de Visitantes e alojamento para pequenos grupos e pesquisadores. Delfinópolis e São Roque de Minas possuem infra-estrutura simples com pequenos hotéis, pousadas, campings e restaurantes.
Objetivos específicos da unidade
Proteger significativa área que apresenta praticamente todas as fitofisionomias que englobam formações florestais, savânicas e campestres, o que é pouco comum em outras áreas protegidas do Cerrado e ainda área de tensão ecológica entre o Cerrado e a Floresta Atlântica.
Proteger, em estado natural, zonas de recarga e cabeceiras de drenagem inseridas nos Chapadões da Canastra e da Babilônia. Proteger nascentes das bacias dos rios São Francisco, Araguari, Santo Antônio (Norte e Sul), Bateias, Grande e Ribeirão Grande.
Decreto e data de criação
Foi criado pelo Decreto n.º 70.355 de 03.04.1972.
Endereço para correspondência
Rua Tancredo Neves, 498.
37928-000 – São Roque de Minas – MG
Fone: (37) 3433-1840
Fax: (37) 3433-1195
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