Guavira do cerrado simbolo de Mato Grosso do Sul
Typical fruit of the Cerrado, guavira is a symbol of Mato Grosso do Sul
It is not by chance that she served as inspiration to the violet Helena Meirelles when composing Flor de Guavira. Native to the Cerrado, the delicate, white and small flower appears even in the dry season, announcing that the fruits of guavira – or gabiroba – will soon appear.
Não é por acaso que ela serviu de inspiração à violeira Helena Meirelles ao compor Flor de Guavira. Nativa do Cerrado, a delicada, branca e miúda flor aparece ainda na época de estiagem, anunciando que os frutos da guavira – ou gabiroba – surgirão em breve.
Nome científico: Campomanesia xanthocarpa Berg. Nomes populares: guavira, guabiroba; guabiroba-da- mata.
Em Mato Grosso do Sul as pessoas dizem que a guavira é a fruta da resistência, porque depois da estiagem, começa a chuva e aí, sim, as frutas aparecem nos guavirais nativos. E tem de coletar rápido porque elas amadurecem e duram no máximo duas semanas. Ficam assim. Em cachos. Verde e amarelo: a cor do Brasil.
No laboratório de tecnologia de alimentos foi confirmado que a guavira tem mais vitamina C do que a laranja. Em algumas espécies, foi encontrado quase 20 vezes mais vitamina C do que a laranja.
A cor amarela indica a presença de betacaroteno, que se converte em vitamina A; tem potássio, que ajuda a manter o vigor muscular; cálcio e fósforo, que deixam os ossos e dentes fortes; e magnésio, importante na digestão.
Mas, apesar de nativa, está cada vez mais difícil encontrar guavira por aí, nos quintais e espaços verdes da cidade.
Não é só o apreço popular pela fruta que dá viabilidade à guavira. A versatilidade do alimento também atrai. “Ela tem outras aplicações. É possível fazer mousse, sorvete, licor, além, é claro, do suco. A polpa congelada pode ser vendida.
“Não só do ponto de vista econômico ela é muito promissora, do aspecto nutritivo também. Ela tem alto teor de vitamina C, até mais que a laranja, além de ser uma fonte de energia e minerais”, finaliza. A florada da guavira se estende até, frequentemente, outubro para que, em novembro, inicie a produção dos frutos, que ocorre apenas uma vez por ano.
Rica em vitamina C que excede em quase 20 vezes a vitamina C da laranja, e minerais como o magnésio, ótimo para digestão, o fósforo, cálcio que ajuda fortificar os dentes e ossos e potássio, indicado para os atletas por fortalecer os músculos, zinco e óleos essenciais. São algumas das propriedades da guavira, fruta nativa do Cerrado que a partir desta quarta-feira (8) passa a ser o fruto símbolo de Mato Grosso do Sul.
Conforme a Lei 5.082, de autoria do deputado estadual Renato Câmara (PMDB), todas as divulgações turísticas do Estado de Mato Grosso do Sul deverá constar a guavira como referência.
“Depois da estiagem, começa a chuva e as frutas aparecem nos guavirais nativos. Por isso, são resistentes. O fruto verde e amarelo representa a cor do nosso país e, agora, se torna símbolo de Mato Grosso do Sul”, comentou o autor da lei.
De acordo com o pesquisador Edmilson Volpe, a guavira é considerada planta invasora em áreas de pastagem.”Faz parte da vegetação do Cerrado, é nativa. Mas quando o produtor vai plantar milho, soja, enfim, o solo é preparado e ela desaparece porque é feita uma limpeza dessas lavouras”, contextualiza.
Segundo ele, há diminuição da oferta da fruta, resultado até mesmo do crescimento das cidades da região, o especialista acredita que a melhor maneira de conservá-la é tornar seu cultivo viável economicamente, tanto para consumo próprio, como para comercialização.
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